
Mudei de médica no terceiro mês. Após ouvir várias amigas, optei por uma do convênio. Nessa nova médica, as consultas eram burocráticas. Check list: peso, pressão, circunferência da barriga, batimentos do bebê. Ok? Ok! Tudo em menos de 20 minutos. Desde o início, deixei claro que gostaria de fazer parto normal, mas os comentários dela eram evasivos. Tive pressão alta durante uma consulta. Foi fácil corrigir. Cortei totalmente o sal por uma semana e a pressão nunca mais subiu. Mesmo assim, a médica me tratava como se esse problema tivesse persistido. Após engordar um pouco acima da média aceita por aquela médica, fui encaminhada para o exame de tolerância à glicose para checar se não havia diabetes gestacional. O procedimento exige 12 horas de jejum e coleta de sangue de hora em hora, durante três horas. Fiz. Estava na 26ª semana. Foi terrível. Algumas semanas depois, descobri que o procedimento não tem valor algum antes da 30ª semana, quando o teste ainda traz o “retrato” de antes da gestação.
Um encontro casual do meu marido com uma colega de faculdade mudou o rumo do pré-natal. Essa amiga é uma grande entusiasta do parto natural e passou mais de uma hora falando com ele sobre sua própria experiência. Quando ele me contou, quis falar com ela. Marcamos um encontro e passamos três horas ouvindo seu relato.
Foi aí que comecei a frequentar as palestras de quinta-feira no

No dia 23 de dezembro de 2008, fui à minha primeira consulta com a doutora Andréa Campos. Foi uma hora de consulta esclarecedora. Eu e meu marido saímos bem mais confiantes. Finalmente, na terceira médica, eu senti que teria o parto da forma como eu queria: de forma natural, sem intervenções que não fossem absolutamente necessárias, e com uma equipe humanizada.
Em janeiro, entrei na lista Materna. Comecei a pesquisar mais e a conhecer pessoas que tinham conquistado o que eu queria. Além disso, li o livro Quando o Corpo Consente. Com tudo isso, já não temia a dor, não temia passar de 40 semanas de gestação, não temia nó de cordão, bolsa rota e bebê pélvico, entre outras coisas. Nada nem ninguém tiraria da minha cabeça que eu seria capaz de parir.
Meu pré-natal evoluiu bem tranquilamente. Optamos por não saber o sexo do bebê e só fiz os ultrassons que realmente precisavam ser feitos, tomando muito cuidado para que nenhum médico acabasse com a surpresa do sexo.
Querida!!!
ResponderExcluirCada vez sou mais orgulhosa de tê-los como amigos!!! Gostaria de ter tido a opção do parto normal, batalhei muito por isso...mas é difícil ir contra o coro dos médicos...O sentimento de impotência diante da "ditadura da cesárea" é muito grande...mas, felizmente, passa. Fico feliz que um pedacinho de mim - a bata multicolorida - viveu a expectativa de um parto natural!!!
Beijos no coração!
Joice